EXERCICIOS - 01
¹ATENÇÃO : As resposta deverão ser enviadas para o e-mail
niltonmoraispinhero@gmail.com e no blog deverá ser postado
um comentário sobre o que deve-se melhorar e como posso aproveitar na
sala de aula o blog – www.linguaescrita.blogspot.com :
12/10/2013, após esta data e considerado depois da hora e só serão avaliados
com 50% da nota dos exercícios .
Obs.: as resposta são com entendimento do aluno, com suas palavras, não
poderão ter respostas copiadas de qualquer livro ou de
outro aluno ou seja respostas exatamente iguais, serão anuladas
01 - TEXTO PARA ANÁLISE
O Astra não é mais Caro. É mais CARRO.
TRABALHANDO TEXTO:
Observe o texto publicitário acima e responda: de que forma seus
conhecimentos de
Fonologia podem explicar os efeitos sonoros obtidos?
02 – TEXTO PARA ANÁLISE
Está na cara, está na cura
Está na cara, você não vê,
Que a caretice está no medo,
Você não vê.
Está na cara, você não vê,
Que o medo está na
Medula, você não vê.
Está na cara, você não vê,
Que o segredo está na
Cura, está na cara,
Está na cura desse medo.
Quem tem cara tem medo,
Quem tem medo tem cura,
Essa história de medo é caretice pura.
Vou brincar, que ainda é cedo,
Que o brinquedo está na
Cara, está na cara.
Está na cara
Que o segredo está na cura do medo.
(GIL. Gilberto. In: Gilberto Gil. São Paulo, Abril, 1982. p. 87- 8.
Literatura comentada.).
TRABALHANDO TEXTO:
1. Defina fonema a partir da comparação entre as palavras cara e cura.
2. Diga quantos fonemas e quantas letras têm as palavras: que, história,
desse, ainda.
3. Retire do texto exemplos de:
a) ditongos crescentes e decrescentes;
h) dígrafos vocálicos e dígrafos consonantais;
c) encontros consonantais;
d) hiatos.
4. A letra u representa o mesmo fonema em vou e cura? Explique.
5. O texto explora sonoridades de forma expressiva? Comente.
6. O segredo está realmente na cura do medo? Comente.
03 – TEXTO PARA ANÁLISE
Como um samba de adeus
Quanto tempo
Mina d'água do meu canto
Manso
Piano e voz
Vento
Campo
Dentro
Antro
Onde reside o lamento
Preto
Da minha voz
Tanto
Tempo
Como nunca mais, eu penso
Como um samba de adeus
Com que jeito acenar
O meu lenço
Branco
Quanto tempo
Pode durar um espanto
Onde lançar a voz
Tempo
Tanto
(HOLLANDA. Chico Buarque de, e VELOSO, Caetano.
In: Nina d’água do meu canto - Gal Costa - CD Sonopress
(7432126323-2,1995.)
TRABALHANDO TEXTO
1. Defina fonema a partir do contraste entre os vocábulos canto e tanto
2. Retire do texto exemplos de ditongos e hiatos.
3. Retire do texto exemplos de encontros consonantais. Em qual seqüência
do texto
esses encontros são particularmente expressivos?
4. Explique a diferença entre os elementos destacados nas palavras que e
quando.
5. Faça um levantamento dos dígrafos vocálicos presentes no texto e
responda: há
algum tipo de fonema predominante na canção? Comente.
6. A construção do texto se baseia no conteúdo das palavras ou na sua
sonoridade?
Comente.
EXERCICIOS - 02
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que deve-se melhorar e como posso aproveitar na sala de aula
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considerado depois da hora e só serão avaliados com 50% da nota dos exercícios
.
Obs.: as resposta são com
entendimento do aluno, com suas palavras, não poderão ter respostas copiadas de
qualquer livro ou de outro aluno ou seja respostas
exatamente iguais, serão anuladas
A Moça Tecelã
Acordava ainda no escuro,
como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo se
sentava-se ao tear.
Linha clara, para começar o
dia. Delicado traço cor de luz, que ela ia passando entre os fios estendidos,
enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas,
quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e
no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios
cinzentos de algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens,
escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve,
a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o
vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça
tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a
natureza.
Assim, jogando a lançadeira
de um lado para o outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para
trás, a moça passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da
fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na
mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que
entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia
tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia.
Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela
própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou
como seria bom ter um marido ao seu lado.
Não esperou o dia seguinte.
Com o capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no
tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi
aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado.
Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos,
quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço
meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando na sua vida.
Aquela noite, deitada contra
o ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda
mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum
tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque,
descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que
ele poderia lhe dar.
- Uma casa melhor é
necessária, - disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu
que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e
pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não
lhe pareceu suficiente. – Para que ter casa, se podemos ter palácio? – perguntou.
Sem querer resposta, imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em
prata.
Dias e dias, semanas e meses
trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A
neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e
ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem
parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Acordava ainda no escuro,
como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo se sentava-se
ao tear.
Linha clara, para começar o
dia. Delicado traço cor de luz, que ela ia passando entre os fios estendidos,
enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas,
quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e
no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios
cinzentos de algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens,
escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve,
a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o
vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça
tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a
natureza.
Assim, jogando a lançadeira
de um lado para o outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para
trás, a moça passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da
fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na
mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que
entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia
tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia.
Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela
própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou
como seria bom ter um marido ao seu lado.
Não esperou o dia seguinte.
Com o capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no
tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi
aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado.
Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos,
quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço
meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando na sua vida.
Aquela noite, deitada contra
o ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda
mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum
tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque,
descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que
ele poderia lhe dar.
- Uma casa melhor é
necessária, - disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu
que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e
pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não
lhe pareceu suficiente. – Para que ter casa, se podemos ter palácio? –
perguntou. Sem querer resposta, imediatamente ordenou que fosse de pedra com
arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses
trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A
neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e
ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem
parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal o palácio ficou
pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais
alto quarto da mais alta torre.
- É para que ninguém saiba
do tapete, - disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: - Faltam as
estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher
os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as
salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria
fazer.
E tecendo, ela própria
trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os
seus tesouros. E pela primeira vez pensou como seria bom estar sozinha de novo.
Só esperou anoitecer.
Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça,
para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou
escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e, jogando-a veloz
de um lado para o outro, começou a desfazer o seu tecido. Desteceu os cavalos,
as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o
palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa
pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o
marido, estranhando a cama dura, acordou e, espantado, olhou em volta. Não teve
tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu
seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo,
tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a
chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre
os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.
Conto de Marina Colassanti
ATIVIDADE: Aqui nas
questões de Múltipla escolha vocês terão que
justificar suas respostas. Com suas palavras.
1- Nesse texto conta-se:
a- um fato real, que
aconteceu
b- um fato inventado pela
imaginação da escritora.
c- Indique fatos do texto
que justifiquem suas respostas
2- Qual era a fantástica
habilidade da tecelã?
3- Identifique as cores dos
fios utilizados pela tecelã em cada uma das seguintes tarefas:
a- produzir raios de sol;
b- suavizar a luz solar;
c- produzir luz solar para
acalmar a natureza
d- produzir chuva
4- “A neve caía lá
fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol”. Nessa época
ela não teve oportunidade de utilizar os fios
a- cinzentos
b- prateados
c- dourados
5- Identifique no trecho
seguinte, a causa e a conseqüência contidos nas frases:
“... ela própria trouxe o
tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como seria bom ter o
marido ao lado”.
6- Como a tecelã concretizou
seu maior desejo?
7- Por que o comportamento
do marido decepcionou a tecelã?
8- No antepenúltimo
parágrafo do texto afirma-se: “Desta vez não precisou escolher linha nenhuma”.
Por que?
9- Neste texto há muitas
palavras e expressões empregadas em sentido figurado. Copie as frases
equivalentes às seguintes idéias, nos parágrafos indicados no texto:
a- O sol chegando ao fim da
noite (parágrafo 1)
b- A claridade da manhã
iluminava o céu. (parágrafo 2)
c- A chuvinha começava a
cair e ela observava da janela (parágrafo 4)
d- Tecia um lindo peixe, não
se esquecendo dos detalhes da escama (parágrafo 7).
e- Depois de bordar a noite,
dormia tranqüila (parágrafo 7).
f- ... e pressa para a casa
ficar pronta (parágrafo 14)
g- A noite chegava e ela não
tinha tempo de concluir o dia (parágrafo 16)
h- Rápido, seu corpo se
desmanchava (parágrafo 23).
10- Quando se atribui
qualidades de seres animados a seres inanimados ocorre uma personificação. Veja
exemplos?
a- As paredes ouviram nossa
conversa
b- O rio chorava na noite
c- As estrelas piscavam para
mim
11- Copie uma
personificação?
a- do 2º. Parágrafo do texto
b- do 4º. Parágrafo do texto
c- Escreva uma frase em que
ocorra personificação
12- Escreva mais uma palavra
empregando o mesmo prefixo identificado?
rebordava
entremear
desfazer
desteceu
desaparecendo
emplumado
13- No texto lido
a- predomina a narração
b- predomina
a descrição
c- predomina a dissertação
14- Copie do 10º. Parágrafo
um trecho puramente narrativo
15- O texto pode ser
dividido em três partes
a- 1ª. Parte – a situação da
tecelã e equilibrada – ela não enfrenta problemas
b- 2ª. Parte – um fato vem
perturbar o sossego da tecelã
c- 3ª. Parte – a tecelã
resolve o problema e retorna a sua situação anterior
- Indique o começo e o fim
de cada uma dessas partes
Sucessos e felicidades...
Paz e bem.
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